Precisamos de Políticos aparelhando os órgãos do Poder Executivo?

03/10/2011 13:06

Prezados,

        Há muito tenho me perguntado sobre a quem interessa o aparelhamento da Máquina Pública. Bem, a quem interessa, embora suspeito, não posso afirmar com certeza, mas uma coisa eu posso afirmar com toda convicção, não interessa ao povo brasileiro. Se não vejamos.

        Os concursos existem para suprir as necessidades da Administração Pública em pessoal. Trata-se de um instrumento legal e democrático. Todos podem participar, mas somente aqueles que possuirem os pré-requisitos necessários e lograrem êxito no concurso, serão empossados nos cargos da APF. Isto é justiça e democracia. Logo, do ponto de vista da necessidade da Administração Pública em pessoal, a contração de agentes políticos não se sustenta, pois existe outra forma de suprir a Administração Pública em pessoal, mais eficáz e justa, ou seja, o Concurso Público.

        Do ponto de vista qualitativo, com vistas a alcançar a eficiência e eficácia nos atos da APF, o aparelhamento da Máquina Pública também não encontra respaldo, pois os critérios para a contração de desse tipo de servidor variam da amizade de infância até o tamanho da dívida pessoal que o "padrinho" político tem com o agente político. Nesse acerto, competência é o que menos interessa. Aqui, o que importa, é a lealdade.

        Quanto à governabilidade, muito se fala que não é possível governar, senão loteando cargos para partidos da base aliada. Será mesmo? Teremos que conviver ad eternum com essa escrescência? O que acontece se um candidato a presidente da República declarar que somente mobiliará com agentes políticos os cargos equivalentes a Ministro de Estado? O povo brasileiro não vai votar nesse candidato? Bem, quanto ao povo brasileiro, fica difícil opinar, pois vendemos nossas consciências pelos mais variados tipos de favores (algo como "toma-lá-dá-cá"), num círculo vicioso que, ao que parece, nunca terá fim. Estados inteiros são dominados e amordaçados, num curral eleitoral que, de tão bem guardado, não se houve um único grito de liberdade. Que país é esse? Somos tão fracos, que não conseguimos nos soltar dessas amarras? As amarras impostas por políticos inexcrupolosos, que simplesmente se apoderaram da coisa pública como se propriedade sua fosse. Mal comparado, lembra muito aquela tribo africana que matém um bovino vivo, mas todos os dias suga-lhe o sangue. Nesse caso, trata-se de uma questão de sobreviênvia de um povo, no primeiro, de falta de escrúpulo e caráter! Ah... importa dizer que, na analogia em tela, nós, o povo, somos os bovinos para os venais corruptos da nação.

        O Presidente não precisa de políticos e respectivos asseclas na Administração Pública, pois tais seres são como metástases que vão engolindo a Máquina Pública e se apoderando da vida da nação.  O assalto aos cofres públicos bate recordes a cada governo. Isso é normal? Então por que insistimos nessa direção? 

         O tema, embora óbvio do ponto de vista da ética e da moral, não encontra respostas tão claras como gostaríamos. Mas como seria bom se um dia tivessemos um presidente com coragem suficiente para ouvir o coração do povo brasileiro, que no seu íntimo anseia por justiça e liberdade, mas que não tem coragem lutar pelo que acredita. Pobre povo brasileiro!

Tópico: Precisamos de Políticos nos órgãos do Executivo?

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